Um achado arqueológico nas obras do São Francisco
Fragmentos cerâmicos e gravuras rupestres que podem ter até 9 mil anos foram encontrados num canteiro do canal de transposição do rio São Francisco, em Custódia (PE)
Eliseu Barreira Júnior
Grafismos puros
Os desenhos, que podem ter 9 mil anos, não seguem formas que representem seres humanos ou animais
Os desenhos, que podem ter 9 mil anos, não seguem formas que representem seres humanos ou animais
Desde que o sítio foi localizado, em outubro do ano passado, tem recebido atenção especial do Ministério da Integração Nacional, que financia o trabalho dos pesquisadores dentro do Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos. O programa foi criado para compensar os impactos ambientais das obras de transposição. Os investimentos em pesquisas arqueológicas na região já somam R$ 8 milhões.
Segundo especialistas, a região é conectada ao Vale dos Dinossauros, na Paraíba, onde há inúmeras trilhas de pegadas de animais pré-históricos. A descoberta de novos sítios cria a oportunidade de tornar conhecida uma rota de paleontologia no Brasil. “O trabalho arqueológico propicia a valorização do patrimônio nacional”, diz Mauro Alexandre Farias Fontes, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
Munição
Em Terra Nova (PE), foram descobertos cerca de 30 projéteis de fuzil intactos, datados de 1912 a 1915
Em Terra Nova (PE), foram descobertos cerca de 30 projéteis de fuzil intactos, datados de 1912 a 1915
Como as gravuras rupestres não estão dentro da faixa de influência direta da obra de transposição, os pesquisadores tentarão entender qual a relação arqueológica entre esses grafismos e os materiais líticos e cerâmicos, achados na faixa do canal que está sendo construído. Lítico é o nome usado para descrever um tipo de rocha usado como ferramenta por nossos ancestrais. “Agora estamos na terceira etapa do projeto, em que as descobertas serão estudadas”, afirma Fontes.
fonte:
http://revistaepoca.globo.com/
http://reciclaivos.blogspot.com